Por Guilherme Reitz.
Você já deve ter ouvido falar que: um dos maiores erros de um empreendedor é querer fazer algo totalmente fora do seu core business.
Normalmente, gestores tendem a acreditar que ter uma plataforma única lhe trará ótimas vantagens competitivas como: personalizar algo que só o seu negócio possui, não depender de uma empresa terceira para criar funcionalidades novas no sistema e que será mais barato, pois, após terminar, não terá nenhum custo de manutenção nem mensalidade, e que poderá usar de graça para o resto da vida.
São afirmações bastante coerentes para uma pessoa leiga e um tanto quanto ingênuas para quem já desenvolveu software ou está imerso no mercado de tecnologia. O objetivo desta publicação é desmistificar essa ideia e trazer a verdade para quem deseja criar seu próprio legado.
A seguir, detalho os três equívocos mais comuns que mencionei no início do texto e que mostram o quanto de dinheiro e eficiência no longo prazo as redes que optam por desenvolver sistemas próprios acabam perdendo (ou deixando de ganhar):
1) Personalizar algo que só o seu negócio possui
Toda empresa de tecnologia bem sucedida cria seus produtos com possibilidades de algumas personalizações. Você enquanto franqueador não precisa desenvolver seu próprio ERP, software de expansão, plataforma de EaD, ou qualquer outro tipo de sistema.
A ideia de que você - e apenas você - desenvolverá algo único e que somente dessa forma conseguirá alcançar os seus objetivos e atender inúmeras especificidades pode parecer perfeito num primeiro momento, mas logo perceberá, depois de poucos meses, que seu sistema estará completamente ultrapassado quando comparado com plataformas de empresas de terceiros.
O motivo? Enquanto franqueadores que optam por este caminho dividem seu foco entre entregar um ótimo produto, serviço ou experiência para o cliente final e desenvolver uma ferramenta que lhes permite fazer a comunicação com as franquias e gestão das unidades, empresas de tecnologia se especializam cada vez mais em sua plataforma. Investem pesado em P&D, melhorias do produto, experiência do usuário e são validadas diariamente por milhares de usuários de redes diferentes.
Por que não focar no que você sabe fazer de melhor, e usufruir de todos os benefícios de um sistema já consolidado e validado por centenas de redes e clientes?
2) Não depender de empresa terceira para inovar
Na prática, acontece exatamente o contrário. Empresas que possuem uma intranet própria começam a observar no médio prazo, que é muito caro manter um legado de tecnologia, atualizar módulos antigos e criar funcionalidades que atendam, cada vez mais, a necessidade da rede.
O software é a construção de um prédio que todo mês existe um novo andar. Quanto mais o tempo passa, mais gente você precisa para construir os novos andares ao mesmo tempo que precisa manter os andares já construídos.
Para conseguir atender essa demanda, empresas de tecnologia conseguem ter maior versatilidade, por possuírem todas as ferramentas e equipe já especializada no assunto, e conseguem ter conhecimento da realidade de diversas redes diferentes.
Esse benchmarking com redes diferentes acaba sendo muito mais benéfico, trazendo melhorias de processos e inovações para as redes que estão crescendo juntos utilizando uma única plataforma de um mesmo fornecedor do que aquelas que optam por seguir um caminho solitário.
No longo prazo, muito provavelmente, o software desenvolvido dentro de casa será ou um dinossauro ou muito caro.
3) Não arcar com mensalidades futuras nem custos de manutenção
Fazer um único investimento inicial, seja com uma software house, seja com equipe temporária de desenvolvimento pode parecer maravilhoso depois da primeira versão da plataforma ser entregue.
Após pouco tempo de uso, surgirão cada vez mais possibilidades de melhoria, uma funcionalidade a mais aqui, um botão a mais ali...
Mesmo depois de "pronto", toda plataforma precisa ser melhorada e modernizada o tempo todo para não ficar obsoleta. Em outras palavras, produzir seu próprio software te faz ficar preso ao seu investimento.
Fazendo outra analogia, investidores costumam dizer que comprar casa é mais caro que alugar. Nesse caso, a conta aqui é muito pior, porque uma casa que você comprou, no futuro você pode vendê-la e se mudar para outra melhor.
Já o software desenvolvido em casa, depois de todo investimento feito, você não tem como vender. No caso de uma eventual troca futura para uma plataforma mais sofisticada de um terceiro, a única opção é abandonar todo o investimento de anos.
Agora se o sistema que utiliza é terceirizado, você desliga quando quiser e implementa outro que atende melhor suas necessidades, transferindo o risco do seu colo para o do fornecedor.
Para finalizar, gostaria de ressaltar um último ponto. Em redes grandes que estão há mais tempo no mercado e já passaram por inúmeras transformações, é comum equipes desanimarem quando a franqueadora deseja sair do core business para internalizar alguma tecnologia.
Isso porque já sabem que toda vez que tiver que integrar com outros sistemas, resolver bugs (problemas do sistema) ou melhorar usabilidade, não há como pressionar o fornecedor ou trocar por outro melhor.
Nesse caso, será necessário esperar a fila de prioridades do seu time de TI interno e não tem como fugir disso. Por conta disso, aconselho você a conversar com quem já internalizou algo há alguns anos e ver o quão [des]atualizado o sistema está hoje.
Aqui na Yungas, temos alguns clientes que já passaram pelo processo de transição entre sistemas no passado e hoje focam 100% no seu core business, contratando tecnologias terceiras.
Caso queira conhecer melhor como aumentar o engajamento com os seus franqueados e fazer a gestão da sua rede pela nossa plataforma ou simplesmente conversar sobre o assunto, entre em contato conosco.
Guilherme Reitz CEO & Vendas na Yungas, empresa pioneira e líder em Customer Success para franchising no mercado brasileiro
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